segunda-feira, 10 de junho de 2013

Sonegação Fiscal X Administração

A sonegação fiscal uma prática comum no meio empresarial brasileiro e o que muitas vezes não se percebe é que o “ônus” é sempre maior do que o “bônus”.






Estamos em um país onde o jeitinho acaba frequentemente virando regra e acontece o absurdo, ou pelo menos deveria ser tratado assim, de empresas operarem com transações informais, é a tal da sonegação fiscal. É fato que a maioria as organizações deste país, em maior ou em menor grau, operam desta forma.

Os motivos mais comuns são a alta carga tributária, concorrência acirrada, a burocracia e principalmente o desejo de sócios-administradores de lucrarem a qualquer custo.

Não quero ser defensor do governo e a questão aqui não é o que o governo faz e o que deixa de fazer com os tributos que nós suamos tanto para pagar, e menos ainda avaliar as práticas legislativas que impõem a cada dia centenas de instruções normativas, leis, decretos e etc., relacionados à área fiscal e tributária. Sou veemente contra a postura de destes falsos administradores, pois além de ser crime, desregulam o mercado, prejudicam os verdadeiros administradores que tentam levar o negócio com retidão, prejudicam os próprios funcionários, visto que frequentemente é com os funcionários que eles decidem “economizar”, não cumprindo com as obrigações trabalhistas e prejudicam a própria empresa ao assumir altos riscos desnecessariamente. Tanto pelo risco de fiscalização quanto pela falta de controles gerenciais (este que será tema do meu próximo tópico).

Os problemas vão muito além do que se imagina, quer um exemplo? Imagine como este falso administrador poderá exigir lealdade e honestidade dos funcionários sendo que ele não é honesto com o mercado onde atua.

Em médio prazo eles começam a sentir os efeitos da negligência e surgem as reclamatórias trabalhistas com as altas cifras de indenizações, as fiscalizações, as multas, as dificuldades em obter as certidões de regularidade fiscal (que são exigidas para diversas operações e por diversos clientes), a dificuldade em obter crédito junto a instituições financeiras e a dificuldade de gerir o negócio pela falta de controle. O próximo passo é a empresa passar a vender a produtos e serviços por valores pífios, numa tentativa desesperada de formar capital de giro, assim também deixam de fazer investimentos importantes, perdem mercado, perdem bons clientes e a empresa vai à falência. Depois disso o falso administrador e os sócios terão que responder até o limite de suas responsabilidades pelas dívidas da empresa e terão seus nomes negativados junto a todos os credores até a total quitação.

Acredito que todos que atuam ou atuaram em alguma área da administração já viram isso acontecer, e que muitos, assim como eu, já tiveram a infelicidade de trabalhar em empresas deste tipo. A vocês tenho apenas uma coisa a dizer: Sigam firme nos seus valores morais e procurem outro emprego imediatamente.

Se você é um destes falsos administradores, reveja os seus valores morais aplique na sua empresa e torça para não ser tarde demais. Se der certo, poderás contribuir para a perenidade dela.

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